quinta-feira, 27 de outubro de 2011

BALEIAS


BALEIAS

As baleias são mamíferos marítimos pertencentes à classe dos Cetáceos, são animais que vivem desde o nascer até a morte na água. Elas não têm guelras e, por isso, têm de subir para respirar na superfície, periodicamente.

Geralmente as baleias têm mais de 4 metros de comprimento. Atualmente existem 40 espécies de baleias sendo que metade delas está ameaçada de extinção, graças à caça indiscriminada de países que não respeitam alegislação internacional como o Japão, por exemplo.



As narinas das baleias ficam no alto da cabeça e, quando elas sobem para respirar, soltam ar quente, que, quando entra em contato com a atmosfera, se transforma em gotas de água. Quando o ar é expelido, essas gotas podem chegar a 6 metros de altura.
Seu corpo é coberto por uma camada de gordura que a ajuda a baleia a submergir, a manter a temperatura do corpo e a armazenar energia. Seu esqueleto é muito semelhante ao dos mamíferos terrestres de grande porte como, por exemplo, o elefante.

A cauda da baleia é o seu principal modo de locomoção. As nadadeiras  das baleias são membros locomotores atrofiados de seus ancestrais, que viviam em terra e eram quadrúpedes. Esses ancestrais viveram, há cerca de 50 milhões de anos, durante a era cenozóica, eles passavam muito tempo na água para buscar alimentos, dessa forma, gradativamente ocorreu a adaptação.

As baleias emitem dois sons conhecidos, sendo que um deles é usado como sonar e o outro como meio de comunicação com os companheiros de sua espécie.

Normalmente estes animais vivem 30 anos, sendo que já houve registros de baleias com 50 anos de idade. As baleias se alimentam principalmente de peixes, sendo que algumas delas (como as jubartes), não têm dentes. Como substituto dos dentes essas baleias têm algumas laminas ósseas (cerca de 400) que são usadas para filtrar a água engolida juntamente com os peixes. A água engolida é devolvida ao mar, e os peixes presos as laminas são, então, engolidos.
Na Idade Média, o objetivo da caça era a obtenção de carne da baleia para o consumo. Já no século XVIII começou a extração do óleo das baleias. Cada baleia rendia 160 barris de óleo. Do fígado do animal é possível extrair um óleo rico em vitamina A.

A Comissão Internacional da Baleia (que reúne somente 15 paises) fixou o limite máximo de 20.000 baleias a serem caçadas por ano. Porém, ainda existem pessoas que insistem em não respeitar a lei, o que acontece sempre que uma lei prejudica a obtenção do lucro. Atualmente existem poucas baleias no mundo e a caça mata mais do que as baleias se reproduzem, o que pode, em pouco tempo, levar estes mamíferos à extinção. As espécies de baleias mais conhecidas são as Orcas, as Jubartes, as Francas, as Cachalotes  e as maiores que existem: as baleias Azuis




                             
                                        BALEIA AZUL

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baleia-azul, (Balaenoptera musculus) é um mamífero marinho. Como outras baleias, as baleias azuis usam lâminas córneas na sua cavidade bucal para filtrar seu alimento (krill) da água do mar, alimentando-se também de pequenos peixes e lulas. A baleia-azul é o maior animal já existente, podendo chegar a ter 33 metros de comprimento e mais de 180 toneladas de massa.
A baleia-azul possui uma pequena aleta (abertura) que é visível apenas num curto período, quando a baleia mergulha. Tal aleta pode produzir jatos de água de até nove metros altura. O seu pulmãopode conter aproximadamente cinco mil litros de ar.
É também o animal mais ruidoso do mundo. Emitem sons de baixa frequência que atingem os 188 decibéis — mais fortes que o som de um avião a jacto — que podem ser ouvidos a mais de 800 quilómetros de distância.




                         BALEIA JUBARTE



A baleia jubarte é uma espécie cosmopolita, habitando todos os oceanos. Assim como algumas outras espécies de baleias, a jubarte realiza uma migração anual. Durante o verão ela se dirige para as águas polares para se alimentar e durante o inverno migra para águas tropicais e subtropicais para acasalar e dar à luz seus filhotes. Assim, no hemisfério sul as jubartes chegam por volta de junho/julho e permanecem até novembro/dezembro, quando retornam para as áreas de alimentação. As áreas de reprodução da espécie são tipicamente próximas a ilhas ou continentes e/ou associadas a ambientes coralíneos. A espécie se reproduz ao longo da costa nordeste do Brasil e o Banco dos Abrolhos, é o maior berço reprodutivo do atlântico sul.

Para conhecer melhor seu ciclo de vida vamos imaginar como seria a vida de uma jubarte. Estamos em agosto, próximo ao arquipélago dos Abrolhos. Após onze ou doze meses de gestação uma fêmea entra em trabalho de parto. É o começo da madrugada e os primeiros raios de sol começam a penetrar na superfície do mar. A baleia começa a ter contrações e na fenda genital aparece a primeira porção do filhote. Em outras espécies de cetáceos em que foi acompanhado o parto, a cauda do filhote aparece primeiro, ao contrário do que é observado em outros mamíferos. Isto ocorre porque até a ocasião do nascimento o aporte de oxigênio do filhote é repassado através do cordão umbilical, mas neste momento o cordão se rompe e o recém-nascido precisa chegar rapidamente à superfície para respirar pela primeira vez. É possível que sua mãe nade sob ele e o apóie em suas costas ajudando-o a subir à superfície, onde ele então infla seus pulmões pela primeira vez. Sua pele é cinza claro e sua nadadeira dorsal ainda é mole e dobrada para facilitar o nascimento. Embora as jubartes possam ter filhotes em anos consecutivos, em geral o intervalo entre os nascimento é de 2 a 3 anos; sempre nasce um único filhote, já medindo cerca de 4 a 4,5 metros de comprimento e pesando por volta de 800 a 1000 Kg.

Após nadar e respirar o filhote irá mergulhar para mamar pela primeira vez. O leite das baleias possui um alto teor de gordura, cerca de 40%, que irá fornecer a energia necessária para o crescimento do filhote. Durante a amamentação, os pesquisadores freqüentemente observam a fêmea com o corpo em posição vertical, com a cabeça voltada para o fundo do mar e a nadadeira caudal exposta acima da superfície. Supõe-se que desta forma as glândulas mamárias permanecem mais próximas da superfície, permitindo que o filhote suba para respirar com maior facilidade.

Os próximos meses serão críticos para a sobrevivência do filhote, quando ele estará mais sujeito ao ataque de predadores como tubarões, poderá ficar emalhado em redes de pesca ou, caso se perca de sua mãe, poderá morrer por inanição. Por isso as baleias jubarte permanecem o tempo todo ao lado de seus filhotes, mantendo um contato corporal intenso neste período. Se algum barco se aproximar a fêmea mantém seu corpo entre o filhote e a embarcação, como forma de protegê-lo.
Enquanto fêmeas sem filhote e machos adultos iniciaram a migração primeiro para as áreas de alimentação, esta fêmea irá esperar o final da temporada até que seu filhote tenha crescido e desenvolvido uma camada de gordura que permita que ele acompanhe sua mãe em uma viagem de mais de 4.000 km até as águas geladas nas proximidades das ilhas Sanduíche do Sul e Geórgia do Sul, locais onde baleias de Abrolhos já foram avistadas.

Esta viagem poderá se iniciar em dezembro e durar cerca de dois meses.
Por volta dos seis a dez meses de vida o filhote irá desmamar. Neste período é provável que ele intercale o consumo do leite materno com a captura de krill, um pequeno crustáceo semelhante ao camarão que ocorre em abundância nos mares polares durante os meses de verão. O filhote irá aprender com sua mãe as técnicas para capturar o alimento. É importante que tanto a mãe como seu filhote consigam ingerir uma grande quantidade de krill. As jubartes só se alimentam durante o verão e precisam acumular energia na forma de gordura. Esta reserva energética permite que suportem um jejum de alguns meses durante a temporada em águas tropicais – onde não existe krill. Após este período, o filhote fará com a mãe sua primeira migração de retorno ao local onde nasceu.

Com o fim do verão e a proximidade do inverno a baleia e seu filhote iniciaram a longa viagem de volta. Ao chegarem de volta ao Brasil o filhote, já independente e tendo aprendido a rota de migração, poderá permanecer mais algum tempo junto de sua mãe ou separar-se dela, passando a interagir com outros grupos. Nesta fase terá aproximadamente 8 a 9 metros de comprimento. Embora independente, ainda não estará completamente desenvolvido. Ele irá realizar ainda 4 ou 5 migrações completas antes de atingir sua maturidade sexual por volta dos quatro ou seis anos de idade, quando medirá de 11,6 a 12 metros de comprimento. As fêmeas dão à luz pela primeira vez por volta dos seis anos de idade, fazendo nascer uma nova geração e repetindo mais uma vez um ciclo que vem ocorrendo na Terra desde muito antes da existência da Humanidade.

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