quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ELEFANTES

ELEFANTE AFRICANO


Nome científico: Loxodonta  


africana

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Proboscidea
Família: Elephantidae
Género: Loxodonta

Distribuição
O elefante-africano é um paquiderme de grande estatura, que vive em longos territórios da África Central e do Sul. É o maior mamífero terrestre.

Organização social
As manadas de elefantes são matriarcais, é sempre uma fêmea que lidera o grupo. Tem como obrigações memorizar os locais onde existe água nos tempos de seca e garantir o bem estar do grupo. Sempre que um jovem macho atinge a maturidade sexual e deixa de respeitar a hierarquia, é expulso da manada pela fêmea dominante.

Africanos e asiáticos
Os elefantes africanos distinguem-se dos seus primos asiáticos pela estatura - são bastante maiores - e pelo seu grande par de orelhas, já que os asiáticos tem esses apêndices bem mais pequenos, as unhas das patas traseiras também são diferentes, assim como o número de costelas.

A tromba
A tromba é fundamental para a sua sobrevivência e desde muito cedo que os jovens aprendem a dominá-la para beber água, para levar a comida à boca e para tomarem os banhos de água ou lama. Serve ainda, naturalmente para reconhecer os cheiros e distinguir qual o alimento que lhes convém.

Cemitérios de elefantes
Outro facto curioso respeitante a estes animais é que procuram zonas previamente definidas quando sentem que os seus dias estão a acabar, e depois, sempre que a manada passa por esses locais, os indivíduos acariciam os ossos dos seus antepassados com a tromba, o que leva os cientistas a pensar que algum cheiro característico fica nos ossos.

Alimentação
Estes animais sobrevivem somente à custa de ervas, folhas e capim, que comem em grande quantidade, podendo um animal adulto ingerir cerca de 250 a 300 kg de alimento por dia, o que os faz andar numa busca incessante de vegetação e água.

A caça
Os elefantes africanos têm sido abatidos por caçadores furtivos ao longo de décadas, com o único propósito de retirar as suas presas, que atingem preços exorbitantes no mercado negro. Nos últimos anos, o comércio de presas de elefante foi, finalmente, proibido e grandes quantidades de presas foram queimadas, na esperança de mostrar aos caçadores que o seu negócio chegou ao fim.

As guerras permanentes em que quase todos os países africanos se viram envolvidos, levou a que esta espécie tenha desaparecido de vastos territórios, já que a venda das suas presas permitia às tropas garantir parte da quantidade de armamento necessário para as suas guerras, que na maior parte das vezes aconteciam por questões tribais.

Parques e reservas
Em alguns locais, foram criadas reservas para a sua protecção, o que levou a uma sobrepopulação em alguns desses parques. Como resultado deste aumento do número de animais, as reservas abrem periódicamente as suas portas a caçadores, que podem caçar, com autorização, alguns elefantes mais velhos ou os mais problemáticos. Este procedimento alivia a pressão sobre a caça clandestina nos locais onde existe menor número de exemplares e mantém as manadas controladas dentro das reservas.

Reprodução
As fêmeas, que têm o nome de álias, atingem a maturidade sexual por volta dos 12 anos. As crias nascem após uma gestação de cerca de 22 meses, apenas uma por parto, só raramente acontecendo casos de partos múltiplos. Uma ália pode procriar a cada quatro anos, já que amamentam as suas crias até aos dois anos e só depois voltam a engravidar, tendo pela frente mais cerca de dois anos de gestação.

Protecção das crias
As crias são sempre protegidas pelos outros elementos do grupo, e vivem como se fosse numa creche, em conjunto e vigiadas em permanência pelos mais velhos. Os elefantes não têm predadores naturais, embora ocasionalmente uma cria muito jovem possa ser atacada por um leões famintos. Por esse motivo, os adultos colocam sempre as crias no centro da manada.

Machos violentos
Na época do cio, os machos segregam uma substância odorífera que escorre, a partir das têmperas, pela cabeça abaixo. Nesta altura, os elefantes machos ficam muito agitados e tornam-se violentos.

Tamanho, peso e esperança de vida
Um elefante africano pode medir cerca de 6 m de comprimento, ter mais de 4 m de altura e pesar cerca de 6500 kg. A sua esperança de vida é de cerca de 50 anos.



                                
       
                        ELEFANTES ASIÁTICOS




Os elefantes asiáticos são animais gregários, que caminham em manadas de 15 a 30 indivíduos, geralmente liderados pela fêmea mais velha. Esta coordena os movimentos da manada, que cobre grandes distâncias (até 20 km por dia) na busca de água e comida e às vezes se divide em grupos menores, que mantêm contato por meio de vocalizações de baixa freqüência que alcançam grandes distâncias (até 4 quilômetros). Os machos às vezes viajam junto com as manadas de fêmeas, principalmente quando uma delas está no cio, mas geralmente viajam sozinhos ou em pequenos grupos. A densidade mínima para uma população viável é estimada em 0,31 indivíduos por quilômetro quadrado.

Alimentam-se de mais de cem espécies de plantas, incluindo gramíneas, folhas, ramos e cascas de árvores. Preferem florestas de arbustos, a altitudes de até 3.600 metros. Também podem ser encontrados na selva, mas geralmente nas beiras, onde têm acesso a áreas abertas e gramadas. Raramente se alimentam em uma mesma área por mais do que alguns dias de cada vez. Apreciam particularmente bananas e cana-de-açúcar, em busca das quais às vezes invadem as plantações. Geralmente se alimentam de manhã, no crepúsculo e à noite e passam o meio do dia descansando na sombra, abanando as orelhas para evitar o superaquecimento do corpo. As orelhas de elefantes asiáticos, menores que as dos africanos, têm cerca de 75 cm de comprimento e 60 cm de largura.
Os sentidos do tato e da audição são muito aguçados, mas a visão é fraca. A velocidade na corrida chega a 40 km/h (11 m/s), mas normalmente caminham entre 5 km/h e 6 km/h (1,5 m/s). Não são capazes de saltar, mas são bons nadadores. Quando assustados, os elefantes correm com as caudas erguidas, para sinalizar o perigo aos outros membros da manada.
As fêmeas de elefantes asiáticos nunca têm presas de marfim, mas a maioria dos machos, sim. Crescem cerca de 17 cm por ano, em média medem 1,5 metro e pesam 20 kg cada uma (entre elefantes asiáticos, o recorde é 70 kg). São usadas para cavar em busca d’água, arrancar cascas de árvores, manejar galhos e troncos caídos, marcar árvores, lutar e, nos animais domesticados, para trabalhar. Como os homens, os elefantes podem ser destros ou canhotos com as presas. O marfim, usado em artesanato e joalheria, é bastante valioso. Na Índia, onde 90% dos elefantes machos têm presas, aqueles que não as têm são chamados makhnas.
Elefante branco
Existem elefantes “brancos”, muito valorizados na Ásia, que não constituem uma raça à parte, mas casos de albinismo ou, simplesmente, de pele mais clara do que o comum.
A tromba, formada pela combinação do focinho alongado com o lábio superior, contém cerca de 150.000 músculos e é ainda mais útil: serve para comer, beber, cheirar, respirar, tocar, vocalizar, lavar, empoeirar (para se proteger de insetos) e lutar. Pode reter de 6 a 10 litros d’água. Na ponta, há um prolongamento semelhante a um dedo que é muito sensível e pode ser usado para manipulação precisa de objetos. O nome hindi do elefante, hathi, vem do sânscrito hastin, que significa “com mão”, em alusão à tromba. Pesa de 125 kg a 200 kg e seu comprimento é bastante variável: em alguns animais chega ao chão, em outros, só até o joelho.
Cada elefante ingere em média 150 kg de vegetação por dia, mas apenas 44% dessa massa é digerida. Também bebem cerca de 140 litros d’água por dia, 50 a 60 litros por vez e nunca ficam muito longe de um suprimento d’água.
As fêmeas parem um só filhote de cada vez, em qualquer época do ano, depois de uma gestação de 18 meses a 22 meses. Têm um filhote a cada três ou quatro anos quando estão saudáveis e bem alimentadas, mas a intervalos maiores em áreas se a alimentação é escassa. Os recém-nascidos pesam 80 kg a 100 kg, têm 90 cm a 1 m de altura e podem mamar da própria mãe ou de outras fêmeas que estejam lactando. Começam a comer grama depois de alguns meses e são desmamados aos 18 meses, mas as mães continuam a cuidar dos filhotes até os quatro anos. Os filhotes seguem as mães ou as irmãs mais velhas segurando em suas caudas. As elefantas formam um círculo protetor em torno dos filhotes, se estes forem ameaçados por algum predador.
Ambos os sexos podem amadurecer aos 14 anos, mas os machos não podem se reproduzir até que possam dominar outros machos adultos. Os machos deixam sua manada natal com essa idade, mas as fêmeas permanecem com suas parentas por toda a vida. Vivem até os 60 anos de idade em estado selvagem e até os 80 em cativeiro e, ao contrário da maioria dos mamíferos, continuam a crescer até a morte.
Os elefantes asiáticos têm sido domesticados há séculos e podem ser treinados para uma grande variedade de tarefas. São ou foram usados para transporte, tração (principalmente de troncos de árvores), caça, guerra e entretenimento. Em geral, são capturados e treinados já crescidos – quando criados desde filhotes por humanos, tendem a ser mimados e preguiçosos demais para o trabalho. Um típico elefante domesticado de 3 t a 4 t, consegue exercer uma tração de 800 kg a 1.000 kg, carregar 700 kg a 800 kg no dorso ou 400 kg nas presas e erguer 250 kg com a tromba.
Esses animais nunca se tornam totalmente domesticados e sempre mostram tendência a tentar fugir, se tiverem a oportunidade; os machos periodicamente entram em um estado de excitação no qual se tornam incontroláveis e perigosos, conhecido como musth. Os treinadores de elefantes são chamados cornacas (em inglês e na Índia, mahouts, em Mianmar, oozies). O aguilhão usado para controlar os elefantes é chamado em inglês de ankh (do sânscrito ankusha). O assento colocado sobre o dorso do elefante é chamado, em inglês, howdah. Os elefantes são famosos por sua memória e podem aprender dezenas de comandos diferentes, mas também podem se tornar extremamente rancorosos com pessoas que os maltratem (inclusive o treinador). Na Índia, os elefantes são domesticados desde o III milênio a.C.


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